“O carste é, num certo sentido, um transporte imediato no tempo, da pré-história à encruzilhada do presente com o futuro. As grutas e cavernas do Carste do Alto São Francisco representam longas viagens no tempo do homem, ao seu passado de 10 mil anos atrás, por guardarem registros de ocupações humanas das mais antigas no nosso território, e no tempo da Terra, por serem o registro do quaternário, o período de 650 milhões de anos da formação do relevo brasileiro. Ao mesmo tempo, elas representam uma visão dolorosa do futuro, o risco previsível da beleza oculta na penumbra do fundo e da beleza visível nos maciços e nas encostas virarem, literalmente, pó...
Em sua escala, o carste reproduz o grande dilema ambiental, social e econômico do mundo atual. “